A diretoria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela lamenta o falecimento do músico Ubirany Félix do Nascimento, o Ubirany, de 80 anos, vítima da Covid-19. Ele estava internado há uma semana no Hospital Casa São Bernardo, na Barra.
Fundador do bloco Cacique de Ramos e do grupo Fundo de Quintal, ele fez história, no fim da década de 1970, ao criar o repique de mão, instrumento que até então não existia nas rodas de samba.
Ao lado do irmão Bira Presidente e de Sereno, também fundadores do grupo Fundo de Quintal, Ubirany ajudou a criar um jeito único de tocar samba, estilo este que revolucionaria a Música Popular Brasileira a partir dos discos da cantora Beth Carvalho.
Exímio dançarino, era conhecido também pela elegância, pela educação e pelo gingado, o qual fazia questão de demonstrar nos shows do Fundo de Quintal, quando era chamado para dançar o "miudinho". Seus passos foram eternizados no livro "A Dança do Samba", do jornalista José Carlos Rego, referência no tema.
Admirado por gerações e gerações de músicos, Ubirany também era compositor e cantor. No Portelão, brilhou em diversas apresentações ao longo das últimas quatro décadas.
O presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, que é comendador e sócio benemérito do Cacique de Ramos, expressa suas condolências pela morte de Ubirany e se solidariza com seus familiares e amigos.
A Portela também deseja muita força para o querido Bira Presidente, cacique maior do samba brasileiro, e aos demais integrantes do Fundo de Quintal e da diretoria do bloco Cacique de Ramos.
Legenda: Ubirany será lembrado como um dos maiores músicos da história da Música Popular Brasileira
Foto: Michelle Beff / Gisele Mendes - Reprodução do Facebook do Fundo de Quintal