13/09/2023
A Bienal do Livro já acabou, mas ainda temos portelenses lançando livros. O sociólogo Marcello Izumi Sudoh, que atualmente vive em Tóquio, no Japão, está com um novo projeto “Portela e portelenses, 1920-1939, Volume 1”, o primeiro de uma série de seis volumes que contam a história da escola, dos portelenses e de seus segmentos contextualizada com os acontecimentos do país e do mundo.
O livro perpassa pela formação populacional, social e econômica gerada pela crise do café e pelas reformas urbanas dos governos cariocas. A ascensão do tenentismo; o fim da República Velha; o início da Era Vargas até a advenção do Estado Novo. A guerra na Europa e no Pacífico; as intentonas comunista e integralista; a perseguição às organizações de esquerda; as Constituintes de 1934 e 1937. O papel da imprensa neste período; a formação das escolas de samba e da União Geral das Escolas de Samba; os primeiros dirigentes das escolas de samba e da Portela; os sambas que eram gravados nessa época e sua relação com a indústria fonográfica e cinematográfica. Conforme explica o autor.
“Tendo todos esses eventos como ‘pano de fundo’, como estava a Portela e os portelenses? Como a agremiação foi fundada? Como era Oswaldo Cruz neste período? Onde nasceram e viveram seus dirigentes? Os portelenses aderiram ao governo Vargas? Foram perseguidos? Eram comunistas? Além disso, mostro como as escolas de samba apresentavam seus desfiles; como se concentravam na Praça Onze; por quais ruas desfilavam e se dispersavam; que relações políticas e formação acadêmica tinham os jurados; quais embates políticos ocorriam dentro da União das Escolas de Samba; os carnavais que a Portela perdeu e se as notas foram ou não manipuladas”, conta Sudoh que emenda.
“A narrativa não termina aí. Todos esses fatos desembocarão na década de 1940, no segundo Volume da série, a ser lançado em 2024. Contudo, alerto que não será possível entender o Volume 2, sem a leitura do Volume 1. Tenho a certeza de que o leitor encontrará informações nunca antes publicadas sobre a história de nossa agremiação”, frisa.
Sobre o autor
Carioca, nascido em Botafogo começou a trabalhar aos 16 anos. Foi bancário. Diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro de 1988 a 1991. Enquanto militava no movimento sindical, ingressou na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense, de onde saiu para trabalhar como operário no Japão. Por dois anos passou por várias empresas de construção civil e fábricas japonesas, até ser contratado por uma empresa de notícias. Trabalhou em vários setores da mídia impressa, televisiva e da internet, até passar em prova de seleção para o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio, onde está até hoje.
Seu amor pela Portela surgiu ainda criança após participar de um evento em que a Majestade do Samba estava presente. Ali se encantou com a bateria ao ver um ritmista tocando um reco-reco em forma de violino. Mais tarde passou a assistir aos desfiles da escola pela TV. Na adolescência frequentou ensaios e a partir de então acompanha sempre as atividades da escola pela internet, apesar do fuso horário de 12 horas.
Marcello desfila no naipe de cuícas da Bateria da Portela, é colaborador do Departamento Cultural da escola e é presidente do Consulado da Majestade do samba, no Japão
Sobre o livro
“Portela e portelenses, 1920-1939, Volume 1”
Editora: Paco Editorial
Número de Páginas: 456
Formato: 14x21cm
Ano de Publicação: 2023
Área: História
Onde comprar: https://www.pacolivros.com.br/portela-e-portelenses-v-01
E-book:
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